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Poke é uma comida refrescante e prática; veja onde saborear o prato em SP

Tigela de Poke: saudável e perfeita para o verão - Getty Images
Tigela de Poke: saudável e perfeita para o verão Imagem: Getty Images

Heinar Maracy

Colaboração para o UOL, em São Paulo

19/01/2018 08h00

Que o Havaí seja aqui. São Paulo pode não ter praias paradisíacas nem vulcões, mas tem boa oferta de um prato típico da ilha da Polinésia, com mais de 30 casas especializadas ou restaurantes (principalmente japoneses) que oferecem o poke.

Nativos havaianos comem poke há centenas de anos. Originalmente, o prato tinha como base peixe cru (atum, de preferência) ou polvo temperado com sal, noz da índia, algas e "o que tiver na horta" servido em uma cumbuca. É a comfort food havaiana, como o macarrão para os italianos e o nosso arroz com feijão e mistura. Não existe uma receita padrão, cada um tem seu tipo de poke, dos bowls mais simples a versões gourmet que mais parecem um ratatouille.

Só na década de 1960 é que a palavra poke, cujo significado é "cortar em cruz", ganhou status de prato. A semelhança com o sashimi e o tirashi zushi japoneses não são à toa. Ambos nasceram como comida de pescador e viraram pratos ícones de seus países. A influência nipônica inclusive mudou a cara do poke havaiano, que hoje é temperado com shoyu, óleo de gergelim e ainda pode trazer gohan (arroz japonês), sunomono (pepino agridoce) e furikake (flocos de peixe seco).

No início desta década, o poke virou tendência gastronômica mundial e as casas de poke ganharam o mundo. Só nos Estados Unidos, foram de algumas dezenas para mais de 700 entre 2012 e 2016. Há pouco mais de um ano chegaram ao Brasil e já são mais de uma centena, se contarmos os restaurantes que adicionaram o prato ao seu cardápio.

Qual a razão do sucesso do poke? É uma comida saudável e ótima para o verão. É uma salada com um boa dose de proteína e carboidratos, ou seja, você não vai ficar com fome dez minutos depois. É muito versátil, tanto que a maioria das "pokerias" permite ao cliente montar seu próprio poke. O custo-benefício em relação a um prato japonês equivalente também é favorável ao poke, na maioria das vezes.

Visitamos três casas de poke em São Paulo com estilos e públicos diferentes e, ao fim, indicamos mais algumas onde é possível saborear o prato.

Poke Poke

Poke Poke - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Já estabelecida como a maior franquia de poke no Brasil, possui quiosques em nove shoppings em São Paulo e um em Santos. É o poke fast-food, servido em potinhos de papelão de tamanhos variados de 200 ml, 400 ml, 500 ml ou 600 ml. O cardápio e a apresentação podem variar de acordo com a unidade, algumas servem pratos japoneses além de poke. A versão de meio litro custa R$ 35 e vem com uma quantidade generosa de cubos de peixe. O atum estava bem fresco e com qualidade surpreendente para uma praça de alimentação de shopping. O estilo do Poke Poke está mais para japonês da Califórnia, já popular por aqui, que havaiano. Prato cheio para os que não tem vergonha de tascar molho tarê e creamcheese em cima do seu peixe cru.

Vai lá:
Pinheiros
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1811; (11) 2574-5193.
Av. Rebouças, 3970 (dentro do Shopping Eldorado); (11) 4280-1799.

Cerqueira César
R. Padre João Manuel, 57; (11) 3262-5474.

Bela Vista
Av. Paulista, 854 (dentro do Top Center Shopping); (11) 2574-5193

Hi Pokee

 

Hi Poke - Heinar Maracy - Heinar Maracy
Imagem: Heinar Maracy

Dividindo uma vilazinha escondida na rua Augusta com uma hamburgueria hipster, o Hi Pokee é -- surpresa! -- uma pokeria hipster. O protocolo desse tipo de estabelecimento se aplica: vá fora dos horários de pico, de preferência durante a semana para não enfrentar no mínimo meia hora de espera. Amendoins torradinhos na faixa e um site que mostra seu lugar na fila ajudam a passar o tempo. O importante é que a espera vale a pena. As porções são grandes e deliciosas, o atendimento é simpático e prestativo, as opções são tão apetitosas que você vai perder um bom tempo para escolher seu poke (aumentando a fila de espera). Comi o Mix do Mar, com atum e polvo muito bem temperados, sunomono, ovas de peixe, nabo ralado e chips de banana, por R$ 38.

Vai lá:
Cerqueira César
R. Augusta, 2052; (11) 3063-5408.

Let's Poke

Let´s Poke - Heinar Maracy - Heinar Maracy
Imagem: Heinar Maracy

A casa do Itaim é bem arejada e possui mesinhas na calçada para quem quiser comer seu poke ao ar livre. O cardápio puxa para o japonês, com ingredientes como tempurá e molho ponzu. Tem também um inusitado poke de frango com abacaxi e nachos (poke mex), para você poder levar aquele amigo que odeia peixe e pratos vegetarianos. As cumbucas são bem servidas e o peixe é de primeira. O provado pela reportagem, Mana, leva atum com molho de ostras cebola roxa, cenoura, kani e coco crocante. Estaria perfeito, não fosse o tempurá magrinho enfeitando o prato.

Vai lá:
Itaim Bibi

R. Leopoldo de Couto Magalhães, 482; (11) 2776-9629.

Outros lugares para comer poke em SP:

Mr Poke

Pinheiros - R. Padre Garcia Velho, 44.

Vila Mariana - R. Humberto, 1007.

Poke Haus

Itaim Bibi - R. Emanuel Kant, 147.

NaKrô Poke

Consolação - R. Bela Cintra, 701.

Lanai Poke e Lámen

Jardim Paulista - Al. Santos, 1202.

Ai Sushi Poke

Pinheiros: R. Simão Alvares, 297.

America

A rede America entrou na onda do Poke e está oferecendo duas opções do prato. Veja mais aqui.
 

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