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Hoegaarden Greenhouse une bar e jardim no coração de Pinheiros

Brunella Nunes

Colaboração para o Urban Taste, em São Paulo

01/07/2019 17h30

hoegaarden-greenhouse - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Os arredores do Largo da Batata, em Pinheiros, têm sido alvo de novidades, e a última delas é a abertura do Hoegaarden Greenhouse, um tipo de biergarten ("jardim de cerveja", em alemão). Foi a primeira casa da marca belga a ser criada em todo o mundo e, como o nome deixa claro, é rodeada de plantas e poderia ser o próprio jardim do Éden para os cervejeiros de plantão.

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Apesar de ser semelhante aos típicos bares alemães a céu aberto, a inspiração do local é o pequeno vilarejo de Hoegaarden, a 40 km de Bruxelas, a terra natal da cerveja homônima. A proposta é que o público se reconecte com a natureza e deixe-se levar, sem se preocupar com as horas passando no relógio, um aprendizado que vem caindo nas graças dos paulistanos.

O gerente de marketing da cervejaria, Arnaldo Garcia, justifica a escolha pela cidade. "A cada ano, o Brasil vê o aumento do consumo de cerveja na população, e a nossa cerveja sempre teve uma grande aceitação entre os brasileiros. Nosso ideal de marca é propor uma vida simples e fazer parte da ruptura com o caos da cidade grande. Um convite a pisar no freio e relaxar".

A dualidade entre natureza e concreto, urgência e descanso, se traduz no feeling e na decoração do espaço. Apesar de ostentar 360 m², a fachada do bar não revela muito. Mas basta dar um passo à frente para se deslumbrar com as 264 plantas de 38 espécies, que dançam no ar. O teto de vidro irradia luz natural, enquanto a área externa se apropria de uma cobertura retrátil. Enquanto isso, parte da cenografia ficou a cargo do coletivo de arte tecnológica The Force. E o uso de letreiros em neon, cada vez mais presentes na metrópole, reforça as curtidas no Instagram.

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Imagem: Divulgação

Fora isso, o chope witbier da marca é inédito no país e mantido abaixo de 4ºC nas torneiras. Vem nos tamanhos 330 ml (R$ 15) e 500 ml (R$ 22), decorado com meia fatia de laranja, um dos principais ingredientes da bebida de trigo. A casa também serve garrafas de até 375 ml, como a Leffe Blonde e a Wals Trippel.

Já a carta de drinques foi criada por Alexandre D'Agostino, da Apothek Cocktails. "Pensei em alguns clássicos mais cítricos como inspiração, para equilibrar com o sabor mais cítrico da cerveja de trigo", conta o bartender. "Outra questão foi a praticidade, pois deveriam ser facilmente replicáveis e com execução simples, melhor para a padronização". Para começar os goles, ele indica o Mint Beer Julep (R$ 29), com Bourbon, calda de açúcar, hortelã e Hoegaarden. A mistura de gin, chá verde, limão, mel e clara de ovo do Greenhouse Sour (R$ 35) combina com o estilo do ambiente, tão cheio de verde.

E a proposta de reencontro com o natural se estende à comida. Seguindo o conceito "farm to table" (do campo à mesa), dando foco para ingredientes orgânicos de pequenos produtores, o menu foi desenvolvido por Raphael Despirite, chef de cozinha do Marcel e do projeto Fechado para Jantar. Há porção de fritas ao estilo belga, com maionese da casa (R$ 15) e sanduíches a partir de R$ 23. É o caso do Veggie 1, elaborado com abobrinhas confitadas, pasta de grão-de-bico e molho pesto.

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Imagem: Divulgação

Para o almoço, servido das 12h às 16h, a Greenhouse segue um cardápio fixo para cada dia da semana, com duas opções de salada inclusa no valor. Às terças, convém pedir os gnocchis dourados de batata-doce, com creme de alho poró e abobrinhas, cobertos por generosas fatias de parmesão (R$ 39). Outro prato é de escalopes de mignon à milanesa, molho de mostarda e cerveja Hoegaarden, com mil folhas de batatas (R$ 49).

O que pensa a clientela

A geóloga Carolina Paes já esteve duas vezes no local. Não curtiu muito os preços, mas aprovou o chope e o atendimento. "Eles são ótimos, bem atenciosos. Também achei bem legal o fato de ter água grátis, seja natural ou aromatizada", conta. Para Bruno Bispo, além do chope e da equipe preparada, o destaque vai para o layout da casa. "É super confortável, e o fato de ser 'arborizada' dá um toque especial".

Passeando por São Paulo, a tradutora curitibana Thalita Uba teve certa dificuldade para encontrar lugar para sentar em um sábado, mas não dispensou elogios. "O atendimento foi muito bom, todos muito atenciosos e prestativos. A comida e a cerveja estavam excelentes. Nunca tinha tomado Hoegaarden no tap até então. Uma experiência cervejeira completa para quem é fã do estilo", afirma ela, uma entusiasta da bebida.

Como nem só de cerveja vive o ser humano, o bar conta com algumas atividades extras, incluindo yoga, brunchs e workshops de jardinagem. E pretende ter também exibições de cinema aberto, feiras de produtores locais e de alimentos orgânicos, entre outros. "Em longo prazo, queremos dar vida para esse espaço com uma programação mais extensa", diz Arnaldo.

Vai lá:

Rua Fernão Dias, 672, Pinheiros, São Paulo - SP.
Terça e quarta, das 12h à 0h.
Quinta a sábado, das 12h à 1h.
Domingo, das 12h às 22h.

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