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Aprenda uma receita de drinque bem brasileiro com cachaça e maracujá

Drinque Maria Bonita, do bar Candeeiro - Fernando Torres / Divulgação
Drinque Maria Bonita, do bar Candeeiro Imagem: Fernando Torres / Divulgação

Luciana Mastrorosa

Colaboração para o Urban Taste, em São Paulo

22/02/2019 04h00

Recém-aberto num casarão nos Jardins, na capital paulista, o Bar Candeeiro aposta em drinques autorais de inspiração brasileira e latina, tendo como foco a cachaça, o rum e a tequila. Quem assina a carta e comanda o bar é Laércio Zulu, nome já conhecido na coquetelaria nacional. Zulu é uma espécie de embaixador da cachaça, procurando valorizar essa bebida que é a cara do Brasil. "Trago o meu jeito brasileiro, baiano, de ser, e faço uma mescla com sabores latinos. Nos coquetéis, aplico minha expertise em cima da cachaça e dos valores nacionais, a cachaça é a estrela", diz o bartender.

Dentre os autorais, o drinque Maria Bonita leva cachaça, cozido de maracujá com casca de cajueiro, abacaxi e um óleo aromático feito com laranja, amburana e açúcar, refletindo bem a pegada de Zulu: o uso de ingredientes nativos que lhes são conhecidos desde a infância, quando morava na roça, no interior da Bahia. No Eita, baiana!, o destaque é a tequila com creme de coco, mais geleia de pimentão verde com maracujá.

Além dos drinques da casa, há uma seleção de caipirinhas com cachaças variadas, poucas opções de gin tônica (todos feitos com gin nacional de qualidade) e clássicos como Margarita e Rabo de Galo. O menu traz ainda uma lista caprichada de cachaças para bebericar em doses. Zulu fez uma curadoria para trazer sabores diferentes da nossa aguardente, elaboradas por produtores que ele conhece bem e confia na qualidade.

A cozinha também expressa uma forte identidade brasileira, combinando com a essência dos coquetéis. Há os clássicos de boteco, como caldinho de feijão e bolinho de arroz. O acarajé, tipicamente baiano, também faz parte do cardápio, assim como a manjubinha frita, que cai muito bem com uma cachaça, ou o bolinho de barreado, crocante por fora e cremoso por dentro, inspirado no prato típico do litoral paraense, que dá nome ao petisco.

Aprenda a fazer

Maria Bonita, do Bar Candeeiro

Ingredientes:
50 ml de cachaça
30 ml de cozido de maracujá com casca de cajueiro
15 ml de óleo saccharum de laranja com amburana
3 cubos de abacaxi
Pedras de gelo a gosto
1 fatia de abacaxi e a coroa da fruta para decorar

Modo de Preparo:
Bata todos os ingredientes numa coqueteleira e coe a bebida em um copo médio com pedras de gelo. Use mais gelo picado para finalizar. Decore com uma fatia e a coroa do abacaxi.
Dica: para fazer o cozido de maracujá com casca de cajueiro, faça um chá com 20 gramas da casca de cajueiro (encontra-se em casas de artigos religiosos ou produtos naturais) com 1 litro de água. Faça a infusão até a casca ficar com uma cor rubi. Depois de cerca de 10 minutos de infusão, coe o chá e adicione ao líquido meio litro de polpa de maracujá fresca, com as sementes. Junte meio quilo de açúcar e cozinhe por cerca de 20 minutos, em fogo baixo. Esse cozimento serve para padronizar o sabor e evitar que o líquido fermente. Após o cozimento, coe a calda rala que se formar, reserve num vidro, deixe esfriar e mantenha em geladeira até a hora de usar.
Para fazer o óleo saccharum de laranja com amburana, misture 100 gramas de casca de laranja ralada (use a do tipo baía, bem amarela e perfumada) com 100 gramas de açúcar e 1 baga de amburana picada. Macere tudo junto, apertando bem como se fosse um purê. Adicione 50 ml de água e misture tudo novamente. Deixe macerar por algum tempo. À medida que for mexendo, veja se ainda tem grãos de açúcar e repita a mistura e a maceração. O processo todo dura cerca de 1 hora. Depois que não sobrar mais grãos de açúcar, coe em uma peneira ou pano fino e mantenha o óleo aromático na geladeira.

Vai lá

Bar Candeeiro
Rua Dr. Melo Alves, 205, Cerqueira César - São Paulo - SP 
 

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